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Sexta-feira, 21 de Marco de 2025
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Jorge Cabral

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Domingo próximo é a festa da entrega do Oscar

Jorge Cabral
Por Jorge Cabral
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  Domingo próximo é a festa da entrega do Oscar, nome que foi dado, segunda a lenda  por uma funcionária que entrou na reunião da academia  justamente quando  escolhiam  o nome para  a estatueta,  quando ao vê-la  disse que  se parecia com seu tio Oscar. Assim, segundo esta versão  foi batizado o prêmio. Até há pouco tempo  despertava   mais  atenção dos países, principalmente  das colônias americanas, incluindo a brasileira  sujeito obrigatoriamente  assistir filmes americanos. Pensávamos  que efetivamente era a entrega dos prêmios para os melhores filmes, atores, diretores, música, enfim tudo relacionado com a indústria cinematográfica do ano anterior que compunha a realização das películas.   Acreditávamos que somente  lá era realizado o que havia de melhor no cinema do mundo.

Embora se reconheça o poderio desta indústria nos EUA. Hoje com a democratização  do cinema através dos streamings, sabe-se  que não se resume somente nos Estados Unidos  o que se tem de melhor  e de boa qualidade, sem que haja a necessidade desses empreendimentos  milionários na  aplicação de fortunas  gastas para a realização de filmes de boa qualidade.   Ao contrário a qualidade dos filmes americanos  cada vez mais se torna menos, apesar da sua penetração  fora de suas próprias fronteiras. Em  grande parte  de   conteúdos espetaculosos  artificiais, por causa   da animação computacional de que  a própria arte  verdadeira em relação a interpretação  humana artística. Este ano excepcionalmente o  Brasil está representado na premiação de três categorias de melhor filme e atriz protagonista Fernanda Torres.

A exemplo do filme argentino A História Oficial que ganhou o prêmio de melhor filme estrangeiro  em 1985,   Ainda Estou Aqui, inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva também é ambientado  na ditadura militar, com o desaparecimento do deputado  Rubens Paiva, retirado de casa pelas forças opressoras do Estado  que comandavam o país naquela época. Triste e infame aquele período vivido no país. Onde  a tortura física  e psicológica foi empregada para a obtenção de informações, certamente em  algumas vezes retirada violentamente   tão somente para parar o sofrimento em uma  confissão  de resposta como era solicitada pelos algozes.  

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 O filme de modo simples, sem mostrar a efetiva violência, tão somente sugerida pelos sons. Embora inicialmente com  diálogos sobrepostos  de uma família numerosa de crianças barulhentas,  mostra a harmonia interrompida estupidamente. O que inicialmente para quem está assistindo é um ambiente confuso  pela algazarra como qualquer família numerosa. Com o passar do tempo a trama real   trazida para tela vai nos levando a imersão  dos acontecimentos  de modo silencioso e  sutil pela  magistral interpretação da atriz protagonista, com a responsabilidade de tratar a continuidade da criação de seus filhos e tentar a busca incessante na  solução do ocorrido com seu marido.  Merecedora da indicação. Ao  que parece  parte da população  brasileira ficou  incomodada, não com a indicação,  mas com a postura do elenco silente, que  ao trazerem  para a tela  uma   denuncia de um  fato histórico  ocorrido no passado,  que  também, denuncia um  "Brasil Nunca Mais", como o documentário Coratio, calam-se diante  de  fatos  que ocorrem no presente, embora sem violência física,  mas  tão somente psicológica  e financeira  pelo órgão judicante  opressor  para a  obtenção de   informações forçadamente,   sob  pena  de ameaças a consequências de  membros da família.

 

Quanto ao filme, que se possível se trouxer   algum prêmio, estará bem merecido, ao som do conselho do Eramos Carlos, " É preciso Dar Um Jeito Meu Amigo".


Jorge CLáudio Cabral

FONTE/CRÉDITOS: Divulgação
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