A história sempre foi objeto de desconfiança em certas situações em relação ao que chega até nós do passado. Desconfia-se como verdade absoluta quanto sua ocorrência. Retrata algo que pode ter vindo de modo distorcido, e quanto maior se torna a distância pelo tempo, mais dificuldade da certeza existe em relação aqueles acontecimentos.Considerando que não há mais testemunhas presenciais e fontes fidedignas. Tudo se torna objeto de verificação de mera possibilidades diante daqueles fatos. Em alguns casos a história é especulação das conclusões baseadas em teorias para formular explicações dos vestígios de marcas dos efeitos deixados. Tudo porque não havendo mais a certeza das provas causais que originaram os feitos daquela época, se constrói respostas. Muito desses fatos observados na engenharia, arquitetura, nos cálculos de precisão das edificações das grandes obras, que permanecem em partes pela conservação através do tempo. Monumentos históricos que não havia tecnologia e conhecimento para suas confecções.
Em alguns casos explicações foram deixadas na literatura, como os regimes de governos, conquistas, comportamentos e hábitos de civilizações que tornaram a história contada a que conhecemos. No entanto, por questões ideológicas ou de segurança suas versões admite a presunção quanto a inveracidade por questões de segurança contra inimigos. Como até hoje, o segredo faz parte do domínio de nações sobre outras, ou por interesse econômico em preservar o modo de fazer na preservação singular do “Know How”. Historiadores afirmam que a história quase sempre vem com a versão dos que contaram, ou seja, no interesse de seus feitos como deveria ser contado. Excluindo os fatos que poderia causar aversão de suas versões.
O que é verificável muito das vezes nos vencedores das guerras. Como o próprio Winston Churchill mencionou : “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.” Portanto, a verdade histórica é contada do modo quando ela interessa a quem conta. A história requentada, é aquela que de tempos em tempos sem que haja fato novo, vem à tona novamente como algo novo. Serve de aviso quando interesses são ameaçados, ou existe a necessidade de destratar acontecimentos ocorridos realizados pelos adversários que contrariam interesses ideológicos, sem que haja no presente fato melhor daqueles realizados no passado. Razão pela qual o termo requentado seria o mesmo que esquentar algo já esfriado e envelhecido, sem que se tenha um prato novo propondo-se a servir novamente pela escassez.
Traz repetidamente ante a falta de algo recente e melhor. Fato que é verificado constantemente na política com mais intensidade, pois o importante não é o cidadão ou a população, mas sim a destruição do adversário, pouco importando o que de algo bom foi realizado para o país. A história recontada, talvez seja a mais incerta e insegura, para delinear o passado, pois ela prefere suprimir fatos mais do que alterar, retirando-os da história. O que é observável nas questões em que etnias sofreram opressões de outros estados, subjugando nações forçadamente. Aqui renasce o dilema, mostrar a história como ocorreu para nunca mais ser repetida, ou aqueles que sofreram em sua origem, não querem mais ser humilhados por tais lembranças históricas. Situação que faz ressurgir uma nova história, porém incompleta, para vir ao encontro de interesses momentâneos. Chegará o tempo em que livros, serão proibidos de relatar alguns acontecimentos por força daqueles que se sentiram ofendidos e não querem mais tais relatos. Asim como o cinema, o teatro , museus e o próprio estudo da história, deixarão de mostrar a história daqueles que sofreram a opressão.
Aí um novo passado ressurgirá, como se nunca tivesse havido o jugo, como se a existência do ser humano sempre tenha sido de modo harmônico entre os povos e entre as nações. Esperando evidentemente que o presente copie o falso passado no respeito e na harmonia entre as nações.
O texto acima expressa a visão do(a) colunista, não necessariamente a do Jornal Nova Folha Regional
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