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Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024
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Jorge Cabral

 HISTÓRIA CONTADA,  REQUENTADA E RECONTADA

A história  sempre foi objeto de desconfiança   em certas situações em relação ao que chega  até nós do passado

Jorge Cabral
Por Jorge Cabral
 HISTÓRIA CONTADA,  REQUENTADA E RECONTADA
Valmir Michelon
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A história  sempre foi objeto de desconfiança   em certas situações em relação ao que chega  até nós do passado. Desconfia-se  como verdade absoluta  quanto  sua ocorrência. Retrata  algo que pode ter vindo de modo  distorcido, e quanto maior se torna a distância pelo tempo, mais  dificuldade  da certeza  existe  em relação aqueles acontecimentos.Considerando  que    não há mais  testemunhas presenciais e fontes fidedignas.  Tudo se torna objeto  de verificação de  mera possibilidades diante daqueles fatos. Em alguns casos a história é   especulação  das  conclusões baseadas em teorias  para formular explicações  dos vestígios  de marcas dos  efeitos deixados.  Tudo porque não havendo  mais a certeza das provas   causais que originaram os feitos daquela época, se constrói respostas.   Muito desses fatos  observados  na engenharia, arquitetura, nos cálculos de  precisão das  edificações    das grandes obras, que permanecem  em partes  pela conservação  através do tempo. Monumentos  históricos que   não havia tecnologia e conhecimento para suas confecções.
   Em alguns casos  explicações  foram deixadas na literatura, como os regimes de governos, conquistas, comportamentos  e hábitos  de civilizações  que  tornaram a história contada  a que conhecemos. No entanto,  por questões ideológicas  ou  de segurança  suas versões  admite a presunção  quanto a inveracidade por questões de segurança  contra inimigos. Como até hoje, o segredo faz parte do domínio  de nações sobre outras, ou  por   interesse econômico em preservar o modo de fazer  na preservação  singular do “Know  How”.  Historiadores afirmam que a história  quase sempre vem com a versão  dos que contaram, ou seja, no interesse de seus feitos  como deveria ser  contado.  Excluindo os fatos que poderia causar  aversão  de suas versões. 
O que é  verificável   muito das vezes   nos vencedores  das guerras. Como o próprio Winston Churchill mencionou  : “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.” Portanto, a verdade histórica é contada do modo   quando ela interessa  a quem conta. A história requentada, é aquela que de tempos em tempos sem que haja fato novo, vem à tona novamente  como algo novo.  Serve   de aviso quando interesses são ameaçados, ou existe a necessidade de destratar  acontecimentos  ocorridos realizados  pelos adversários  que  contrariam interesses  ideológicos, sem que haja no presente   fato melhor daqueles realizados  no passado. Razão pela qual o termo requentado  seria o mesmo que esquentar algo já esfriado e envelhecido,  sem que se tenha  um prato  novo  propondo-se a  servir novamente pela escassez. 
Traz repetidamente  ante a falta de algo recente e melhor. Fato que é verificado constantemente  na  política com mais intensidade, pois o importante não é o cidadão ou a população, mas sim a destruição  do adversário, pouco importando o que   de algo bom foi realizado para o país. A história recontada, talvez seja a mais incerta e insegura, para delinear o passado, pois ela  prefere suprimir  fatos   mais do que alterar, retirando-os da história.  O que é observável  nas questões   em que etnias  sofreram  opressões   de outros estados, subjugando nações  forçadamente. Aqui renasce  o dilema,  mostrar a história como   ocorreu para  nunca mais ser repetida, ou aqueles que sofreram  em sua origem,  não querem mais ser humilhados por tais  lembranças   históricas. Situação que faz ressurgir uma nova história, porém   incompleta, para vir ao encontro de interesses momentâneos.  Chegará o tempo em que livros,  serão proibidos de relatar alguns acontecimentos  por força daqueles que se sentiram ofendidos e não querem mais tais relatos. Asim  como o cinema, o teatro , museus e  o próprio estudo da história,   deixarão de mostrar  a história  daqueles que sofreram  a opressão. 
 Aí um novo  passado ressurgirá, como se  nunca  tivesse havido  o jugo, como se  a existência do ser humano sempre tenha sido   de modo harmônico entre os povos e entre  as nações.  Esperando evidentemente  que o presente  copie o falso passado no respeito  e na harmonia entre as nações.  

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