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Jorge Cabral

Inércia


A INÉRCIA sob o ponto de vista da física tem como explicação em uma das mais famosas leis descrita por Newton quando enunciou na primeira regra que “..todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme a menos que seja obrigado a mudar esse estado pela atuação de outras forças sobre ele.” Em outras palavras de modo simplificado, um corpo tende a permanecer parado ou em trajetória reta em velocidade constante sem variações, a não ser que receba uma outra força que o faz modificar esse estado. Evidente que este conceito se torna mais complexo quando envolve aceleração e massa. No entanto, são princípios imutáveis do universo, pelo menos até o presente momento Tem-se utilizado tal expressão para identificar comportamentos humanos em pessoas que mantém um padrão comportamental constante ante a ausência de impulsos de pensamentos e ações que possam modificar um estado continuo, que faz os indivíduos permanecerem de modo latente sem que procurem meios para sair desse limbo permanente padronizado, onde muitas das vezes os tornam infelizes. Razão pela qual devemos como seres racionais, procurar, às vezes, forças externas que estimulem a sair desse padrão inerte, contribuindo para acordar deste adormecimento de nossas idéias e ações criadoras. Na química é verificada quando um corpo em contato com outros materiais, torna-se resistente a estes contatos, sem que haja influência, permanecendo íntegro. A Inércia outras vezes pode ser aplicada como forma comportamental humana, num estado psicologicamente afetado pela letargia da ação, reação ou omissão. Como exemplo imaginemos uma sociedade que prefere colocar um pano nos olhos para efeito de não ver o que está acontecendo. Finge que está cega, embora possua visão, preferindo fazer-se que não enxerga.
No entanto, tal atitude poderá efetivamente atrofiar seus nervos óticos, caso a artificial auto-cegueira provocada, permaneça por longo tempo. Exegetas atribuem em alguns milagres de Jesus, quando curou a cegueira de alguns indivíduos, como forma metafórica para descrever o que ele fez para algumas pessoas enxergarem o que não viam, retirando na verdade a cegueira mental e a miopia de pensamentos que atrofiavam seus comportamentos. Se isso, efetivamente constitui o verdadeiro sentido, seus milagres seriam mais esplendorosos, pois sua palavra de amor teria sido suficiente para produzir modificações comportamentais, indo ao encontro do que afirmara, que todos nós com amor ao próximo podemos fazer. Hoje, políticos com discursos impregnados de bazófias, onde expelem bravatas, atribuem, depois da eleição, do que foi dito, ter sido metáforas, sem mais saber o seu significado como programa de governo , por não haver explicação dessas alegorias.

Jorge Claudio Cabral



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