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Joge Cabral

HISTÓRIA PRESENTE DO PASSADO AVESSO
Advogado e escritor
Ainda pelas estradas do Nordeste, na região metropolitana do Recife no Estado de Pernambuco, avista-se a localidade de Jaboatão dos Guararapes e seus montes, onde foi travada entre 1648 e 1649 batalhas com a união dos lusos- brasileiros, africanos e indígenas, contra os invasores holandeses, que vieram entre outros interesses, em busca do açúcar.
Possuíam exército muito mais poderoso, numeroso e melhor equipado e mesmo assim foram derrotados. Historiadores informam que este fato, que resultou na expulsão dos holandeses do Brasil, foi o que desencadeou o sentimento de união nacional patriótica pela brasilidade, inclusive, na formação do exército brasileiro. Razão pela qual se comemora no dia da vitória de Guararapes em 19 de abril, o dia do exército brasileiro. Os holandeses haviam tomado boa parte do nordeste da Coroa de Portugal, submetendo a todos suas regras rígidas e opressoras, que tolhia a liberdade dos brasileiros. O que impressiona deste fato histórico ocorrido há quatro séculos, embora houvesse entre os que lutaram pelo interesse do Brasil diferenças, faziam unidos pelo bem maior com sentimento de nação. Hoje, embora não haja uma explícita invasão presencial estrangeiras em nosso território, existe por parte do governo a vontade de manter uma parcela do próprio povo, como inimigo, com discurso agressivo de aniquilamento e revanchismo retrógrado. Em vez de promover a união de todos pela pátria.
Optam pelas políticas demagógicas internacionais de impérios, que querem submeter o Brasil ao estado de suas colônias, com o pretexto da preservação ambiental, que na verdade não passa de interesses sobre o solo brasileiro. Torna-se assim, subserviente com participações nos eventos fora do país ridicularizado. Finge-se de liderança, mas não passa de fantoche manipulado, fazendo graça no palco para os demais participantes rirem, quando é cerrada as cortinas desses encontros. A bajula para ser aceito com o pagamento de seu próprio território, com a promessa de entrega para ser tutelado por elas de grandes extensões de terras aos invasores, o que não ocorreu lá em Guararapes quando, ainda, nem existia o país, apenas sentimento de pátria.

Chegando em Salvador capital da Bahia, ergue-se a imponente o Arena Fonte Nova, no meio das grandes comunidades, cuja ausência da qualidade de saneamento básico, segurança e conforto aos moradores, visivelmente se faz presente. No longo caminho percorrido até chegar ao moderno Coliseu, onde nem mesmo a população carente pode assistir seus espetáculos. Como em Roma, da milenar política do “ Pão e Circo” para a população, enquanto os recursos eram desviados, inclusive, para sua construção. Igrejas lembram novamente o passado, uma ao lado da outra, como agências bancárias da época, cobertas de ouro em seus interiores.

Algumas contraditoriamente com nome de santos que renunciaram a riqueza, mas ostentam em suas decorações a própria riqueza. Depois de todos esses séculos o povo lá fora, ainda, continua sendo açoitado pelas ruas dos milhares de pelourinhos desse imenso e belo país chamado Brasil, que tinha tudo para ter dado certo.

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