Os 22 prefeitos que compõem a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), dos quais 11 são novos executivos eleitos em 2024, pedem a rápida adoção de medidas pera o desassoreamento dos rios que compõem a bacia do Delta do Jacuí para evitar mais transtornos com potenciais excesso de chuvas nos próximos meses. O tema fez parte do Manifesto dos Rios: Pela Urgente Limpeza e Desassoreamento dos Nossos Rios veiculado pelos participantes da imersão estratégica realizada nesta quinta e sexta-feira, 23 e 24 de janeiro, em Santo Antônio da Patrulha.
“Este é um problema de proporções imensuráveis que ameaça a vida, a saúde e a segurança dos cidadãos gaúchos. Não estamos mais lidando com períodos alternados de chuvas intensas e estiagem. A cada enchente, a cada transbordamento dos rios, o risco de tragédias e danos irreversíveis se torna mais evidente. A limpeza dos rios e o desassoreamento das vias fluviais são urgentes e devem começar imediatamente. O tempo é nosso inimigo, e cada dia sem ação põe em risco a segurança da população e a infraestrutura de nossas cidades. As prefeituras da Região Metropolitana estão prontas para colaborar com o governo estadual, mas é necessário agir com a rapidez que a situação exige”, diz o documento.
Conforme o presidente do Consórcio da Granpal e prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, o encontro serviu ainda para o debate de outros temas que impactam os 40% da população gaúcha que vive na região. Saúde, educação e mobilidade urbana são sensíveis para todos os prefeitos. “Foram dois dias em que planejamos as ações da Granpal para os próximos anos, alinhando as pautas prioritárias para melhorar a vida da nossa população, que responde por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado”, comenta Maranata.
Ele argumenta que é preciso respeitar processos públicos que são necessários para a dragagem dos rios, mas a preservação da saúde hídrica dependem de uma ação imediata e eficaz. “O desassoreamento não é uma causa local, mas uma causa regional e estadual. Ele é fundamental para o futuro das nossas cidades, a proteção do meio ambiente e a qualidade de vida das futuras gerações. Chegou o momento de agir”, defende Maranata.
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