Querido leitor,
É com imensa satisfação que escrevo neste espaço. Nas próximas semanas, faremos uma viagem literária para conhecer os principais grupos literários e escritores guaibenses. Temos o privilégio de morar em uma cidade linda, repleta de belezas naturais, como o Cipreste, o lago Guaíba, a praia da Alegria, a praia da Florida, a praia da Alvorada, a Praça da Maçã, a Praça da Bandeira, a Escadaria 14 de Outubro, a Vitrine Cultural, a Casa de Gomes Jardim, o matadouro São Geraldo, entre tantos outros lugares poéticos. Também somos a terra de Gomes Jardim, berço da Revolução Farroupilha e da OLIFEIRA. No entanto, poucos conhecem a nossa história e bagagem cultural. Somos também a terra de muitos escritores e artistas; aqui, a literatura pulsa.
Resido em Guaíba desde 1994 e lembro-me dos encontros do movimento Pró-Cultura. Na época, eu era estudante no Instituto de Educação Gomes Jardim. O grupo teve a sua primeira reunião no dia 27 de julho de 2001, na Casa de Gomes Jardim, um lugar que inspirou o planejamento de revoluções, mas naquele ano a que almejavam era a cultural. O grupo composto por pessoas ligadas à cultura: escritores, filósofos, historiadores, músicos, professores e jornalistas se reuniam, organizavam saraus e promoviam atividades culturais em toda a cidade.
Desde muito cedo, tenho me engajado em grupos de leitura, associações e todos os movimentos que promovem a literatura e a leitura literária em nossa cidade. O mais antigo que recordo é o Pró-Cultura. Peço desculpas ao leitor se houver grupo anterior, mas desconheço. Recordo-me de alguns nomes que participavam ativamente do Pró-Cultura: Valmir Michelon, Altair Martins, Denise Rosa, José Renato, Walter Galvani, Jarbas Cruz, João Bosco, Carla Irrigaray, Carlinhos Santana, Luís Fernando Laroque, Miriam Leão e Paulinho Espíndola Souza. Muitos destes ainda continuam lutando por espaço e valorização dos movimentos culturais em nossa cidade; outros deixaram saudade, seus escritos e um legado de união em prol da cultura.
Tenho essas pessoas como referência na área da cultura e da literatura.
Sigo seus exemplos e busco espaços e formas coletivas de manifestações culturais, não para benefício próprio, mas coletivo. Acredito que a literatura tem um papel social de formar os sujeitos e exerce um papel humanizador. Como disse Antonio Candido, “a literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos à natureza, à sociedade e ao semelhante.” e é isso que sonhamos, ver a literatura estampada nos quatro cantos da
nossa amada Guaíba.
#porumaGuaíbaquelê
Até a próxima leitura,Michelle Azambuja Kaiser-Professora e escritora-professoramichelleaa@gmail.com
FONTE/CRÉDITOS: Michelle Azambuja Kaiser.
O texto acima expressa a visão do(a) colunista, não necessariamente a do Jornal Nova Folha Regional
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