Walter Galvani
Tédio e estresse
Você sabe até onde o cancelamento dos planos das academias podem lhe levar? Pois, eu não sei. E... parece que ninguém sabe.
Leia sobre o que lhe prometem: acabar com “uma retroalimentação que aumenta o tédio e o estresse, piores escolhas alimentares, piora glicemia e a gordura corporal e todos os índices de gorduras inflamatórias que fazem mal para o corpo”. Como se vê, fica tudo mais complicado e acho que piora também para a alma...
Porto Alegre tem até um responsável pelo “Enfrentamento do Coronavírus” que promete restringir a circulação das pessoas e acabar com o tédio, o estresse, a ansiedade e a depressão. Tomara que consiga. Mas, esses males típicos da vida moderna, não nos parecem tão simples assim de serem extirpados do convívio social, até porque a sua simples nomeação já nos aponta para um caminho difícil. Mas é o que tem que ser feito. Será possível ir tão longe? Ah, isso já é outra questão e nem quero pensar em tudo o que se dirá quando surgir uma proposta simplificadora.
Enquanto isso tem o fechamento prematuro de um comércio de rua, a liquidação de certas atividades, o cancelamento de certas coisas, a escolha pela procura do que vale e do que não vale a pena, enfim toda uma “limpa” – como se dizia a antigamente – e para ver o que sobrou. Com o que, afinal, vai se enfrentar o dia a dia, o combate e a transformação da realidade numa coisa palatável.
Para você, a mensagem especial: pensou que se livraria de todo esse horror com que nos ameaçam diariamente através dos mais simples noticiários?
“Bloquear e fechar tudo!” – essa foi a mensagem que diante de nós se estendeu, diante da impossibilidade de “”ir levando” e tudo contornando, na espera de dias melhores. De março até aqui já se passaram quatro meses e nada melhorou. Ao contrário, quando mais andamos, mais nos afundamos nessa onde de desgraças. E esperamos que seja apenas uma onda.
Menor circulação, paradas cheias, menos transportes coletivos, mais acumulação de dificuldades, na vida privada mais problemas, e pensar que se passaram apenas quatro meses do horror prometido que pode ir muito longe.
De minha parte, já estou de joelhos. Rezando por mim e pelos outros, acreditando que os erros que cometemos não foram tantos assim... Mas, já que estão nos cobrando, vamos estabelecer logo onde é que nos passamos e que se inicie logo a cobrança, meu Pai do Céu... Ou teremos alguém mais próximo para apelar?
Walter Galvani /Coluna publicada em 17 de julho 2020
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