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Recortes Cotidianos

Tempo amigo, seja legal

Natália Carvalho*

naticarvalhoo@gmail.com

“Tempo é relativo”. E como é. Às vezes passa rápido demais, às vezes lento demais. Rápido demais quando “corremos contra o tempo” e, na maioria das vezes, isso significa que temos um prazo apertado. Seja pra entregar um trabalho, pra resolver três assuntos diferentes em uma tarde, pra dar conta de todos os compromissos que assumimos.

Já o tempo passa lento demais quando esperamos por alguém que vai chegar, quando esperamos retorno de um email ou de uma mensagem de WhatsApp que queremos muito. Passa devagar quando uma pessoa querida está doente e precisa melhorar. Demora quando esperamos por vacina, por fim de pandemia, quando esperamos por reencontros e abraços apertados. Ele demora quando, na maioria das vezes, precisamos de resoluções que não dependem de nós.

Ele nos sufoca muitas vezes, mas ao mesmo tempo, nos ensina a arte da paciência. Quando não há mais nada que possamos fazer, nos resta aceitar. Esperar. Confiar que o melhor irá acontecer. A desapegar das expectativas. A soltar o controle. A acreditar em alguma coisa que nos diga que “o que é pra ser, será”. Mas será na hora certa e, nem sempre, ouso até dizer que na maioria das vezes, a hora certa não é a hora que queremos. E aqui cabe a nós acreditarmos que “tudo acontece quando Deus quer” ou enxergarmos uma linha tênue com “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Eu já pensei muito sobre isso: se o que acontece é a gente quem cria ou se é o que Deus (ou como vocês queiram chamar uma energia superior) quer. E eu acredito em um pouco de cada. Entendo que devemos fazer os esforços para mover as coisas na direção que queremos e confiar. “Se for pra ser, vai ser”. Penso que quando é pra dar certo, o impossível acontece. E quando não é, por mais que a gente queira que as coisas se movimentem em determinada direção, não vai, tranca. Porque não era nosso.

Acredito que quando é pra algo ser nosso, leve o tempo que levar, tudo se organiza no tempo e no espaço. Mesmo que a gente não entenda muito bem as coisas que estão acontecendo no presente, lá na frente a gente entende que tudo se organiza pro que é nosso chegar. Precisamos aceitar que existe tempo de plantar, tempo de esperar e tempo de colher, mas sempre é tempo de agradecer, nem que seja pelo aprendizado. E se plantamos sementes bonitas, a hora da colheita chega, mesmo que por alguns momentos só apareçam nuvens escuras no horizonte. Eu acredito que sempre clareia e, se houver merecimento, o tempo o traz em nossas mãos.


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