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Recortes cotidianos

Valeu por você existir, amigo!

Natália Carvalho*

naticarvalhoo@gmail.com

@nnaticarvalho

No próximo dia 20 comemoraremos o Dia do Amigo. Fui pesquisar o motivo pelo qual se deu a escolha dessa data. Descobri que foi criada por um professor de psicologia e filósofo argentino, em 1969. Ele se inspirou na data em que o homem foi à lua. Segundo o criador da data, o fato de humanos terem visitado o astro celeste não seria apenas uma celebração científica, mas sim uma representação de que podemos fazer amizades em outras partes no universo. E aí surgiu o Dia do Amigo.

Eu sempre gostei demais dessa data. Quando era mais nova, aproveitava para escrever cartas aos meus amigos. Por vezes, enviava pelos Correios, na modalidade carta social, que tinha o selo custando um centavo. Outras, entregava em mãos mesmo e ficava assistindo a reação deles enquanto liam.

Em uma época, inventei de escrever “cartas do futuro”. Nessas cartas, eu colocava data de algumas décadas a frente e narrava como estavam as coisas. Éramos um grupo de amigos que não se separava. Que se reunia em todos os finais de semana para assistir filme e comer pizza ou cachorro-quente. Raramente fugia disso. Nossos pais eram amigos e ficavam tranquilos quando estávamos juntos, na casa de alguém. Crescemos juntos, envelhecemos.

Minhas profecias das cartas do futuro não se concretizaram. Não fomos todos morar no mesmo bairro. Pelo contrário: cada um foi morar em uma cidade diferente. Uns em outro estado, outros em outro país. Cada um seguiu sua vida: uns se casaram, tiveram filhos, outros estão solteiros, alguns investiram na carreira, outros construíram negócios. Não nos falamos mais com frequência. Mas nosso grupo do WhatsApp está lá. Sabemos que estamos lá e isso é suficiente. Nos esforçamos para fazer um encontro em dezembro, todos os anos, e normalmente dá certo.

Sempre digo que sou uma privilegiada. Tenho diferentes grupos de amigos e quase todos eles estão comigo há muito tempo. Amigos que a escola me deu, desde o jardim de infância. Amigos da faculdade, amigos em todos os empregos que passei. Amigas da maternidade. Amigos do mestrado, amigos do doutorado. Amigas da adolescência. Amigos do Inter. Todas as amizades seguem firmes e fortes até hoje.

Se eu puder dar uma ideia, é: tentem reunir os amigos durante essa semana. Algum grupo que foi muito presente durante boa parte da sua vida. Celebrem. A pandemia fez com que ficássemos bastante tempo isolados. Acabamos perdendo o hábito de reunir amigos, talvez porque agora podemos falar a qualquer hora, através dos dispositivos eletrônicos. Mas nada compara a conversa ao vivo, aos abraços calorosos e as gargalhadas presenciais que só amigos que nos conhecem bem podem proporcionar. Aproveito o espaço aqui para deixar um abraço apertado e caloroso a todos os meus e às minhas. Amo vocês!

* Publicitária, Mestre e Doutoranda

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