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Recortes Cotidianos

Reflexão pré-aniversário

Natália Carvalho*

naticarvalhoo@gmail.com


Vocês já se perguntaram como seria fazer algo pela primeira vez? E aqui vai desde experimentar uma fruta até trocar de emprego. Quantos de nós nos formamos com menos de 25 anos e passamos a vida inteira fazendo exatamente as mesmas coisas, durante dois de três turnos do nosso dia?
Mesmo que a gente não veja mais sentido nenhum naquilo, mesmo que tenhamos mudado ao longo dos anos, pensamos que devemos continuar ali, afinal, é o que aprendemos e sabemos fazer. Mas onde é que está escrito que só sabemos fazer uma coisa? Que se somos bons em A, não podemos ser bons também em B, C e D?
Por que é que um profissional da área da Comunicação não poderia se dar bem na área de estética, por exemplo? Por que nunca fez? Quem garante que não pode ser muito mais divertido, muito mais leve e mais a ver com o que a pessoa quer para a sua vida?
Às vezes nós mesmos nos sentenciamos a viver em algo que não nos faz mais felizes em troca do “conforto”, que na verdade, de confortável não tem mais nada. Não paramos para pensar e ver o quanto nós mudamos, conforme o tempo foi passando.
A Natália que vai fazer 37 anos no final da semana que vem não é a mesma Natália que se formou na faculdade. Os sonhos não são mais os mesmos, a disposição para algumas coisas também não. Conforme amadurecemos, conseguimos elencar prioridades, saber o que realmente importa, o que não vale o nosso esforço. O que realmente valorizamos na vida e coisas que não abrimos mão em troca de um salário.
O que nos impede de começar algo totalmente novo nos próximos dias? Conhecer novas pessoas, descobrir uma nova habilidade, descobrir novos talentos e hábitos que nem sabíamos que a gente tinha. Isso me parece tão mais divertido e sedutor do que viver uma vida onde nada de diferente acontece, pelo simples achismo de que estamos seguros ali, presos na mesma rotina, fazendo sempre as mesmas coisas e reclamando.
Porque é isso que a gente faz. Reclamar é tão viciante e também tão confortável, porque a gente não precisa levantar da cadeira pra fazer isso. Só que não se dá conta de que reclama sempre mais e mais e a vida vira uma droga. E coitado de quem nos escuta! Então vai, sai daí onde está “confortável”, vai aprender algo novo, se desafiar e ser feliz. Porque a vida passa muito rápido para ficarmos presos onde nada de diferente acontece (e a gente só reclama!). Existe muita vida lá fora pra ser descoberta e vivida. Reflexão pré-09 de outubro.

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