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Outro Olhar

MUDANÇA DE ESTAÇÃO
Valmir Michelon

Há um ano era anunciado pela Organização Mundial da Saúde que o Planeta estava numa pandemia. Ninguém poderia imaginar que iria demorar tanto. O medo inicial era ser contaminado. Agora o medo maior são as mortes. É o vizinho, o amigo, é a professora, funcionário de escola, atendente do mercado, nosso amigo, conhecidos e desconhecidos. Em questão de minutos, horas e dias, eles nos deixam. São famílias que passam por momentos muito difíceis. Faltam leitos nos hospitais. Nada pior é ver o pai ou a mãe, o irmão ou parente e amigos sofrendo de dor e precisando de atendimento hospitalar e não existir um leito.

Guaíba vive o pior momento desde então. O número de mortes assusta.

Além das mortes, a crise atinge a economia, a fome aumenta e está difícil ver uma luz no fundo do túnel. Viveremos nos próximos anos reflexos de tudo isso. Na economia, na saúde mental, na educação, em tudo.

Não da para entender um governo que quer abrir escolas e fecha o comércio. Difícil entender pessoas que não seguem as recomendações da saúde, no uso de máscaras e isolamento. Das pessoas que fazem festas diante de tantas mortes. Nesta semana, o Brasil perdeu quase três mil pessoas, número que equivale ao atentado nos Estados Unidos nas torres gêmeas. Aquele fato deixou o mundo perplexo e o Brasil já perdeu quase 100 torres gêmeas e para muitos tudo isso parece normal.

Achávamos no final do ano passado que estaríamos voltando a ‘normalidade em 2021. As festas de final de ano, carnaval fizeram com que tudo piorasse.

A chegada das vacinas irá amenizar a situação, mas a rotina das máscaras, do uso do álcool irá continuar e ficará na memoria de todos que sobrevivermos a essa tormenta. Começa o outono neste final de semana. Esperamos meses de reflexão de todos. De mudanças de atitudes. Se cada um fizer a sua parte, sairemos dessa mais rápido. Vamos rezar e torcer para que possamos, como mudam as estações, alcançar dias melhores para todos.

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