Outro olhar /Valmir Michelon
O que me faz não parar...
Diante de tantas frustrações com pessoas e a cidade, m uitas vezes me questiono o que estou ainda fazendo em Guaíba. Já tive muitos motivos para sair daqui, mas algo me prende e a outros também: os sonhos por uma cidade melhor.
Enquanto achar que possa ser útil, estarei aqui. Quando entender que não tenha nada mais a contribuir, irei me mudar de cidade ou será o momento do adeus para a outra esfera.
A vida é feita de ciclos. Guaíba é a cidade que passei mais tempo da minha vida, é a sétima cidade:Antonio Prado, minha terra natal, IPE, Vila Flores, Veranópolis,Pelotas, Marau e Guaíba. Viverei em outras cidade? Ou voltarei a cidade que um dia me viu nascer? Que futuro me espera?
As vezes, a vontade é de uma casa no campo em Guaíba ou outro lugar, eternizada na voz de Elis Regina há quase 50 anos:
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais...
Na verdade, com a avanço da idade, o que agente quer e paz e mais paz. Cansamos de certas lutas, de sonhos. Nosso corpo não segue mais o ritmo das nossas ideias. Mas há os que nos encorajam, nos dão a mão e nos fazem lembrar da linda poesia e música de Antonio Carlos Jobim / Dolores Duran:
É de manhã, vem o sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí sem pensar
No que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair
Pra ver o sol.
Obrigado aos amigos pelo apoio de sempre e especial a leitora e jornalista Carla Irigaray e ao escritor Walter Galvani, pelo apoio, incentivo e motivado para não desistir de Guaíba.
Posts recentes
Ver tudoValmir Michelon/professor e jornalista Lembramos nesta sexta, 15 de março, o Dia da Escola. Por que existem escolas? O que eu poderia ter aprendido e não aprendi? A gente aprende a fazer perguntas ou
Por Valmir Michelon/Jornalista Nunca fui dos números. Tenho dificuldade em lidar com eles. Mas ultimamente tenho dado um outro olhar para o assunto. Moro há mais de dois anos na rua Sete de Setembro