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OPINIÃO

Ainda o Covid 19

Wilson Bridi*



Há cerca de seis meses o assunto é a pandemia. Informações sobre enfermidade viral grave, produzida por um novo coronavírus, dão conta do surgimento de doença na populosa cidade de Luhan, na China.

De início foram salientadas características de doença respiratória com aspectos gripais evoluindo, em alguns casos para pneumonia com insuficiência respiratória e, dentre estes, elevando o índice de mortalidade.

Parecia uma gripe; não era. Ocorrência de fenômenos obstrutivos na circulação pulmonar fizeram supor tratar-se de doença sanguinea: uma forma de CIVD(coagulação intravascular disseminada). Na realidade, a comunidade científica estava diante de uma doença da qual, além da sua origem como infecção viral, tudo era desconhecido.

Evolução incerta, ausência de tratamento específico, alta capacidade de contaminação e de ação devastadora para grupos de pessoas com baixa imunidade, idosos e portadores de enfermidades pré-exisitentes. Conforme estudos em curos, o virus, por motivos incertos, prefere órgãos variados como pulmão, sistema nervoso central, intestino ou sistema sanguineo.

Trata-se portanto de doença com múltiplos alvos. Esse desconhecimento da enfermidade nos remete a uma situação clínica caracterizada pela incerteza. Penso que um conflito importante enfrentado pela medicina, em todo o mundo, foi consequente a segmentação do conhecimento médico, da estratificacao dos procedimentos terapeuticos atraves da medicina baseada em evidências e, inclusive, da profundidade do conhecimento adquirido antes do tratamento das doenças. Diante de uma situação patológica desconhecida, em praticamente todos os seus aspectos, não existia padrões, cientificamente estabelecidos para o enfrentamento da enfermidade, situação agravada pelo cárater pandêmico verificado.

A pratica médica teve que se retornar aos primórdios da clinica onde a vivencia pessoal servia de base para o embate terapêutico.

Cuidados gerais são de recomendação pacifica. Poderia o médico ficar na expectativa da produção de vacinas ante a ausencia de tratametno validado por entidades reconhecidas como FDA Norte Americana, Organziação Mundial da Saúde ou Vigilância Sanitária do nosso Minsiterio da Saúde? Definitivamente, não!

Aí entra o procedimento do médico prático com o arsenal terapêutico que conseguiu reunir, a partir da acadaemia, na sua atividade clínica.

Desta forma muitos profissionais utilizaram e recomendam medicamentos de reconhecido efeito antiviral, ainda não específico, mas empregado em outras enfermidades em que seus efeitos e para-efeitos são conhecidos. Experiência, em determinadas situações, conta muito. Em semelhante situação a conduta médica é de tentar tratamento produzindo o menor dano. Há medicamentos antivirais conhecidos que podem e, na minha visão, devem ser usados.

Penso que o médico deve considerar o uso da hidroxicloroquina, invermectina ou outro antiviral de seu domínio. É forma de oferecer esperança ao doente que, em fase inicial dos sintomas, sabidamente, tem a oportunidade de ser beneficiado pela utilização do produto. Desta forma, mesmo esse pouco, quando nada mais temos a oferecer, o tratamento administrado, embora inesperado, é de possível eficácia e, no mínimo, um gesto de amor.

*Médico/Guaíba/RS


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