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Sabado, 18 de Janeiro de 2025

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Caisinho destruído pela enchente encerra atividades

Bares da Beira foram atingidos e alguns não devem reabrir. Caisinho enfrentou três enchentes em oito meses

Valmir Michelon
Por Valmir Michelon
Caisinho destruído pela enchente encerra atividades
Arquivo e Valmir Michelon
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    • Nesta semana, depois de um mês traumático na maior enchente da história que destruiu casas e muitos estabelecimentos comerciais como o Caisinho, a reportagem da Nova Folha foi recebida na residência do casal Maria Luiza Guerra e Carlos Leonardo Gullo, proprietários do restaurante que por mais de duas décadas se tornou um dos pontos de encontro na cidade. Confira um pouco da conversa e da história do Caisinho, uma marca da cidade que completa em 2026, 100 anos de história.

A enchente de maio de 2024 encerra projetos e sonhos. Um deles é o Caisinho Choperia e Restaurante que encerrou  as atividades em virtude da enchente histórica que destruiu o prédio  na avenida João Pessoa, 1240. Foram 23 anos, quatro messes e dois dias,   sob a direção do  casal Maria Luiza Guerra e Carlos Leonardo Gullo. Os proprietários nunca poderiam imaginar o fim traumático  de mais de duas décadas de trabalho.  O último almoço foi servido no dia 2 maio. Em seguida veio a água que invadiu o prédio, no dia 12 de maio a força da água destruiu uma das paredes, quebrou portas, janelas, paredes e levando cadeiras, copos, pratos, talhes , muitos sonhos e deixando muitas histórias e já deixa saudades. “Foi traumático, difícil  ver e aceitar a destruição, mas não tínhamos o que fazer”, comentou Maria Luiza.


O restaurante foi aberto no dia 30 de agosto do ano 2000.Inicalmente a ideia era ser uma choperia, mas aos poucos os proprietário foram  inovando, fazendo cursos de gastronomia, poiso casal não tinha muito conhecimento  em restaurantes. Aos poucos tronou-se  ponto de encontro e referencia na chegada de turistas.  “Buscando inovar  e manter a qualidade, tentamos manter sempre os mesmos funcionários para não o padrão dos serviço, comenta Maria Luiza que revela que teve empregados com até 14 anos de trabalho no local. Entre os dezenas de pratos oferecidos, os mais solicitados eram o ‘filé de peixe a bellé meuniereé” e o “risoto de camarão”.


Neste período, o local abrigou além de almoços, jantares, festas de casamentos e aniversários, importantes encontros empresariais e políticos para discutir o presente e o futuro de Guaíba. A Governadora Ieda Crisius, por exemplo,  esteve do local para tratar da retomada da travessia Guaíba e Porto Alegre. Antes disso , o ambientalista José Lutzenberger fez a última visita à cidade e teve encontro com o prefeito Stringhini para tratar de assuntos ligados a cidade e ao ambiente, onde manifestou o desejo de ajudar num projeto quem preservasse o Morro da Hidráulica, que hoje leva o seu nome.  O local foram parada obrigatória para turistas,  patronos das Feiras a do Livro de Guaíba, como Walter Galvani, Altair Martins, Carlinhos Sant’Ana, David Coimbra, além de escritores como Rui Carlos Osterman, jornalistas  e apresentadores de rádio e tv como Rosane de Oliveira, Tania Carvalho,  entre tantos outros. Sobre o futuro, o casal é cauteloso, receberam diversas propostas, mas  pretende dar um tempo, descansar e repensar a possibilidade de abrir algum outro negócio.

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OUTROS LOCAIS: Além do Caisinho, outros bares foram totalmente invadidos pela água como Viking,  Sabor com Arte, Pizzaria do Ricardo, Bêra Restaurante, Quiero Café, entre e outros como  quiosques ao lado do Mirante da Corsan. Alguns fecharam definitivamente e outros estão buscando alternativas para reabrir. 

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Valmir Michelon

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Valmir Michelon

Professor de Filosofia, Jornalista e Fotógrafo.

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