Nesta semana recebi a mensagem de uma amigona, que veio de encontro a algo que tenho refletido muito. Ela me contava que investiu na divulgação online do seu próprio negócio. Contratou equipe para trabalhar com tráfego pago nas redes sociais – isto é: direcionar dinheiro para que seu anúncio tenha visibilidade nas plataformas online. Os profissionais de marketing digital criam estratégias para que essas propagandas cheguem ao público imaginado.
Eu sempre tive um pé atrás com quem acredita que a técnica resolve todos os problemas. De uns tempos para cá, marketing digital virou a galinha dos ovos de ouro. Todos precisam vender seu peixe – ou seus ovos de ouro – nas redes sociais. As plataformas parecem uma grande feira livre, onde encontramos todo tipo de produtos e serviços. Antes entrávamos para relaxar e buscar conteúdo descontraído. Hoje, parece que estamos em uma rua onde somos atormentados por um pessoal de megafone e vestindo fantasias e cada um quer nos empurrar mais vendas do que o outro.
Entendo que marketing é sinônimo de relacionamento. A técnica, por si, não vende nada. É apenas um instrumento na mão de quem entende de Comunicação. A pessoa que opera a técnica pode entender de todos os recursos da ferramenta, mas se ela não entender de pessoas e não souber como se relacionar com elas, a técnica por si só, não terá sentido nenhum.
A técnica por si só, é fria. A comunicação trabalha com sentimentos e emoções, não há como não considerar o receptor quando criamos uma mensagem. Profissionais de Comunicação Social entendem de sociologia, psicologia, tecnologia e tendências. Estudam comportamento humano – e não é pouco. É preciso compreender as necessidades para que possamos propor soluções que farão sentido na vida das pessoas que forem impactadas pela nossa publicidade.
Se não conseguirmos fazer isso, de nada valerá o investimento em tráfego pago. Porque os consumidores poderão até clicar no anúncio e serem direcionados para a página desejada, mas nada daquilo fará sentido para ele se não soubermos compreender suas necessidades, desejos e dores. É preciso saber o quê falar e, principalmente, como falar para emocionar.
FONTE/CRÉDITOS: Natália Carvalho
O texto acima expressa a visão do(a) colunista, não necessariamente a do Jornal Nova Folha Regional
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